Diretor do projeto e co-pesquisadores no Reino Unido
Peter Wade
Fiz doutorado em Antropologia Social na Universidade de Cambridge (1981-1985), com 16 meses de trabalho de campo na Colômbia, investigando relações étnicas e concepções de diferenças raciais. Após isso, tive uma Research Fellowship no Queens’ College, em Cambridge, e fiz mais 14 meses de trabalho de campo na Colômbia, com foco em imigrantes negros na cidade de Medellín. Em 1988, tornei-me professor da Universidade de Liverpool e, em 1995, passei a lecionar na Universidade de Manchester, onde atualmente sou professor. Desde 1988, fiz vários trabalhos de campo na Colômbia, analisando o movimento social negro e a reforma constitucional, e traçando a história social da música popular colombiana no século XX, bem como suas conexões com concepções de nação e raça. Comecei então a pesquisar a construção da natureza, da biologia, da genética e da cultura nas concepções de raça. Como parte dessa investigação, dirigi o projeto “Raça, genômica e mestiçacem na América Latina: uma abordagem comparativa” (2010-2013). Mais adiante, de 2017 a 2019, codirigi o projeto “O Antirracismo Latino-Americano em uma Era ‘Pós-Racial’ – LAPORA“, com Mónica Moreno Figueroa (Universidade de Cambridge).
Lúcia Sá
Lúcia Sá é professora titular de Estudos Brasileiros na Universidade de Manchester, no Reino Unido. Ela tem vários trabalhos publicados sobre literaturas e narrativas indígenas, e sobre cultura brasileira e hispano-americana de forma geral, sendo autora de Literaturas da Floresta: Textos Amazônicos e Cultura Latino-Americana (2012), e Life in the Megalopolis: Mexico City and São Paulo (Routledge, 2007). Ela passou a integrar o quadro de docentes da Universidade de Manchester em 2006, após trabalhar na Universidade de Stanford, nos EUA, entre 1999-2006. Ela é doutora em Literatura Comparada e Estudos Hispânicos pela Universidade de Indiana (EUA, 1997) e mestre em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (1990). Entre 2017-2019, Lúcia liderou, junto com Felipe Milanez Pereira (UFBA) e Ailton Krenak, a rede Racismo e antirracismo no Brasil: o caso dos povos indígenas (2017-2019), financiada pelo AHRC/GCRF.
Ignacio Aguiló
Sou professor de Estudos Culturais Latino-Americanos da Universidade de Manchester desde 2014. Também sou co-diretor do Centro de Estudos Latino-Americanos e Caribenhos da Universidade. Em linhas gerais, minha pesquisa se concentra na questão da raça na produção cultural latino-americana contemporânea, dedicando-se principalmente ao Cone Sul e aos países andinos. Meu livro The Darkening Nation: Race, Neoliberalism and Crisis in Argentina, publicado pela University of Wales Press em 2018, investiga as conexões entre a crise financeira de 2001 na Argentina e a crise das narrativas de branquitude e pertencimento nacional, analisando textos literários, música popular, obras de arte e filmes. Também escrevi sobre a indigeneidade e a fotografia modernista na Argentina, o kitsch e a política racializada do gosto nos Andes, o YouTube e questão da raça na América Latina.
Fiz licenciatura em Sociologia (Universidade de Buenos Aires, 2003), mestrado em Comunicação (Instituto de Educação, University College London/Università degli studi di Firenze, 2010) e doutorado em Estudos Culturais Latino-Americanos (Universidade de Manchester, 2013).