Brasil

Denilson Baniwa

Danilson BaniwaNasceu na aldeia Darí, em Barcelos, Amazonas, em 1984. Seu trabalho como artista combina referências tradicionais e contemporâneas, lançando mão de ícones de culturas visuais não indígenas de modo a promover a conscientização sobre a luta dos povos indígenas em várias mídias e linguagens. O seu trabalho foi exibido na 22ª Bienal de Sydney, Centro Cultural São Paulo (CCSP), Itaú Cultural, Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), Centro de Artes da Universidade Federal Fluminense (UFF), assim como em várias outras instituições. Foi também um dos artistas convidados no Amazonian Poetics, um workshop do Brazil LAB/Universidade de Princeton e do Museu Nacional/UFRJ realizado em 2019. Nesse mesmo ano, foi vencedor de uma das mais importantes premiações no campo das artes visuais no Brasil, o Prêmio PIPA Online. Em 2020 expôs obras no festival CURA (Circuito Urbano de Arte), em Belo Horizonte, e na Pinacoteca de São Paulo, onde algumas de suas obras permanecem no acervo.

Sua participação no projeto Cultures of Anti-Racism in Latin America inclui conversas on-line disponíveis no canal de YouTube do projeto e gravações como parte do documentário em curta-metragem Terra fértil: Véxoa e a arte indígena contemporânea na Pinacoteca de São Paulo

Para obter mais informações sobre este artista, consulte https://www.behance.net/denilsonbaniwa

Daiara Tukano

Daiara TukanoDaiara Hori Figueroa Sampaio, de nome tradicional Duhigô, pertence ao clã Eremiri Hãusiro Parameri do povo Yé’pá Mahsã, mais conhecido como Tukano. Nascida em São Paulo, a artista, ativista, educadora e comunicadora fundamenta seu trabalho artístico em pesquisas sobre história, cultura e espiritualidade do seu povo. É formada em artes visuais pela Universidade de Brasília (UnB) e mestre em Direitos Humanos, com especialização em memória e verdade dos povos indígenas. Sua atuação artística se cruza com o seu papel como comunicadora e articuladora de práticas em defesa dos direitos indígenas. É coordenadora da Rádio Yandê, a primeira web-rádio indígena do Brasil. Reside em Brasília, Distrito Federal. Em 2020, foi responsável pela realização do maior mural feito por uma artista indígena em todo o mundo. Suas obras podem ser vistas na 30ª Edição do Programa de Exposições Centro Cultural São Paulo (CCSP) e na exposição Véxoa: Nós sabemos, na Pinacoteca de São Paulo.

Sua participação no projeto Cultures of Anti-Racism in Latin America inclui as conversas online “Anti-Racist Art in the UK and Latin America” e “Mulheres artistas indígenas: questões de gênero na produção e reconhecimento”, ambas disponíveis no canal de YouTube do projeto.

Para obter mais informações sobre esta artista, consulte https://www.daiaratukano.com/

Naine Terena

Naine Terena (by Téo Miranda)

Naine Terena (by Téo Miranda)

É pesquisadora, professora, artista e curadora. Ela trabalha com múltiplas linguagens artísticas e mídias. É doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e mestre em Artes pela Universidade de Brasília (UnB). Licenciou-se em Comunicação Social (Rádio) pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e desenvolveu projetos ambientais e culturais com a Oráculo Comunicação, Educação e Cultura. Realizou pós-doutorado no Laboratório de Estudos de Informação e Comunicação na Educação do Instituto de Educação da UFMT. Em 2019, participou do Verbier Art Summit, em Valais, Suíça, e foi curadora da exposição Véxoa: Nós sabemos, inaugurada na Pinacoteca de São Paulo, em outubro de 2020. Naine reside e trabalha em Cuiabá, Mato Grosso, Brasil.

Com o projeto Cultures of Anti-Racism in Latin America, Naine desenvolveu uma série de conversas on-line em torno da arte indígena contemporânea, a partir de suas experiências como curadora de Véxoa; participou das gravações do documentário curta-metragem Terra fértil: Véxoa e a arte indígena contemporânea na Pinacoteca de São Paulo (disponível no canal de YouTube do projeto) e de reuniões com os pesquisadores envolvidos. 

Para obter mais informações sobre esta artista, consulte https://oraculocomunica.wordpress.com/

Jaider Esbell

Jaider EsbellÉ artista plástico, curador, escritor, educador, ativista e produtor cultural macuxi, nascido na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Normandia, Roraima. A partir do I Encontro de Todos os Povos, em 2013, Esbell assumiu papel importante no movimento de consolidação da Arte Indígena Contemporânea no Brasil, atuando de forma múltipla e interdisciplinar. Articulando pintura, escrita, desenho, instalação e performance, seu trabalho entrelaça cosmologias indígenas, críticas à cultura hegemônica e preocupações socioambientais, derivando ora para o âmbito poético, ora para o posicionamento mais claramente político e ativista. Em sua primeira obra literária, Terreiro de Makunaima – mitos, lendas e estórias em vivências (2012), Esbell se identifica como neto de Makunaima e defende a retomada dessa figura, um dos filhos do sol na cultura macuxi, por parte dos povos indígenas. Em 2016, foi o vencedor do Prêmio Pipa de Arte Contemporânea. Em 2020, criou uma obra-instalação chamada Entidades para o CURA Circuito Urbano de Arte, em Belo Horizonte, e possui trabalhos expostos na 34a Bienal de São Paulo e na Pinacoteca de São Paulo, e inaugurou em fevereiro de 2020, a exposição individual Apresentação: Ruku, na prestigiosa Galeria Millan, em São Paulo. Vive em Boa Vista, onde desde 2013 mantém a Galeria Jaider Esbell de Arte Indígena Contemporânea.

Para o projeto Cultures of Anti-Racism in Latin America, Jaider realizou uma série de gravações de vídeos apresentando seu trabalho e a sua galeria (disponíveis no canal de YouTube do projeto), além de participar de encontros com os pesquisadores envolvidos.Para obter mais informações sobre este artista, consulte http://jaideresbell.com.br/

Kunumi MC

Kunumi MCKunumi MC é um rapper e escritor guarani mbya que vive na Aldeia Krukutu, região de Parelheiros, na zona sul de São Paulo. Tornou-se conhecido após ter levantado a faixa com os dizeres “Demarcação já” na abertura da Copa do Mundo de 2014. Kunumi tem 19 anos e dois discos já lançados: o EP de estreia, My Blood is Red (2017), e o álbum Todo Dia É Dia de Índio (2018). Além de rapper, ele também é escritor e tem dois livros publicados: Kunumi Guarani, de autoria individual, e Contos dos Curumins Guaranis, com o irmão, Tupã Mirin. Tupã, inclusive, acompanha Kunumi nos palcos como DJ Tupan e, juntos, promovem o RAP Nativo, novo segmento do Hip Hop, que propõe a criação musical a partir das visões de indígenas nativos sobre as suas próprias culturas – o seu caso, a cultura do povo Guarani Mbyá. Quanto às suas influências musicais, Kunumi MC aponta outros artistas indígenas nativos, como os grupos Brô MC’s e Oz Guarani, Djuena Tikuna e Ibã Huni Kuin, além de nomes clássicos do RAP, como Racionais MCs e Criolo, com quem, inclusive, gravou a música Demarcação Já – Terra Ar Mar. Kunumi também já lançou outros três singles: Xondaro Ka´aguy Reguá, Moradia de Deus e Força de Tupã.

O artista protagonizou o documentário My Blood is Red, da produtora britânica Needs Must Film. O filme, registrado em 2016, levou o artista a diversas aldeias indígenas pelo Brasil para conhecer de perto a realidade de diferentes povos. Um desses encontros foi com a líder Sônia Guajajara. Ao longo dessa viagem, ele pôde ser testemunha da violência praticada pelos ruralistas, madeireiros, garimpeiros e políticos contra os indígenas, além de se encontrar com Criolo, um dos mais importantes rappers do país. Kunumi também foi destaque no site da White Feather Foundation, fundação do Julian Lennon, que apoia comunidades indígenas pelo mundo todo. Além disso, dia 10 de dezembro de 2020, o artista representou o Brasil – ao lado de Daniela Mercury – no evento de celebração do Dia dos Direitos Humanos, promovido pela ONU.

Para o Cultures of Anti-Racism in Latin America, Kunumi gravou um depoimento disponibilizado no canal de YouTube do projeto; está desenvolvendo uma série de conversas online com outros rappers guarani; além de produzir um single junto a Kelvin Mbarete (Brô Mc’s) e um videoclipe ao lado da artista Ava Rocha, ambos comissionados para a exposição online do projeto. 

Para obter mais informações sobre este artista, consulte https://bit.ly/MyBloodIsRedTrailer